Descrição
Em Mulher sem fim, uma artista-mulher-cis apresenta inúmeras versões de si mesma, transitando entre dança, teatro, música e performance para edificar um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias de diversas culturas.
De Madame Bovary a Lady Macbeth, passando por Dadá, a cangaceira e por Carmen Miranda, o trabalho traça uma dramaturgia da transformação corpórea de uma performer que desenha e apaga sua própria condição de gênero, sampleando citações de outras mulheres.
A performer conta que, num museu, encontra um quadro com uma mulher igualzinha a ela, que olha para um outro quadro, com outra mulher idêntica a ela ad infinitum. Todas as mesmas mulheres, falando outras línguas. Constituído por pequenos fragmentos narrativos, falados e cantados em diversos idiomas, o trabalho suscita olhares, imagens e discussões acerca do gênero feminino como agregado de convenções, memórias e estereótipos.
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